Solidão

Mais uma noite em claro. É insuportável!

Sucedem-se os dias num ritmo aflitivo

Nesta barca insone em que derivo

por um mar de solidão interminável

Este labirinto de ilusões em que eu vivo

de repente, Recife se tornou inabitável

Suicidar-me-ei de spleen. É lamentável,

desta morte em vida estar cativo.

É triste que eu ainda tenha esperanças

Mas que não consiga caminhar

No mesmo passo de tuas andanças

Por fim, não sei como poderei ficar

Nesta cidade cheia de lembranças

Como sua imagem na sala de estar

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 11/01/2010
Reeditado em 11/01/2010
Código do texto: T2023293
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