O Poeta pede que não esqueça
Apego-me a uma certa amiga viva,
em vão aguardo tua palavra escrita
penso na flor do Lácio tão bonita
e lhe escrevo versos na voz ativa.
A rima imortal, dor bruta e cativa
que tanto aprecia a sombra e não a evita.
Coração em cacos que tanto explicita
no sonho inerme na vida emotiva.
Contudo ferve o vil sangue na veia
algoz e vítima em feral moldura
num duelo sanguíneo chão de areia.
Escrevo estas palavras na candura
pois quero te dizer algo na lua cheia
noite do poeta fausto e suas juras.
Herr Doktor