Boa-noite!

Dorme, dorme... meu anjo, em teu leito

Que tu mesmo uma vez reservaste

E se de mim, agora, já te esqueceste

Sou eu tal coisa para ti sem proveito!?

Adeus - palavra incerta, aceitável,

Que o coração não diz e nunca me outorga

Pois, quando não bate, logo já me roga

Tua proteção, de um anjo insustentável...

Adeus, nao! Meus lábios não falam direito

Só boa-noite lhe brindam nesta alcova

Onde adormece este ser tão miserável

Cujo amor é simulacro imprestável

De um sentimento resistente a toda prova

Uma vez provado pelo seu autêntico defeito

Vera Verá
Enviado por Vera Verá em 11/01/2010
Reeditado em 14/01/2010
Código do texto: T2022675
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