Boa-noite!
Dorme, dorme... meu anjo, em teu leito
Que tu mesmo uma vez reservaste
E se de mim, agora, já te esqueceste
Sou eu tal coisa para ti sem proveito!?
Adeus - palavra incerta, aceitável,
Que o coração não diz e nunca me outorga
Pois, quando não bate, logo já me roga
Tua proteção, de um anjo insustentável...
Adeus, nao! Meus lábios não falam direito
Só boa-noite lhe brindam nesta alcova
Onde adormece este ser tão miserável
Cujo amor é simulacro imprestável
De um sentimento resistente a toda prova
Uma vez provado pelo seu autêntico defeito