TORMENTO
Amputaram minha emoções constantes...
Proibiram-me de sentir anseios de esperar...
Invadiram meus nervos e com garras afiantes...
Riscaram de meu diário a palavra AMAR.
Fizeram de meu corpo um boneco de latão
Onde a dor não pode existir... nenhum sentimento
De um ser humano... apenas sombras através do paredão,
Lutando no vazio, perpetuando fixo o pensamento.
Não quero perder de tudo o encanto de pensar
Que me derretem os ossos a fogo em brasa!
Tirem-me tudo: a visão, o paladar, faça-me calar.
Ah, lamento em minhas folhas de claros papéis!
O firmamento perdeu meus ecos, não dão contas.
Se todos fossem egoísta e de areias coronéis,
Todas as mulheres eram feias gordas e tontas.