TORMENTO

Amputaram minha emoções constantes...

Proibiram-me de sentir anseios de esperar...

Invadiram meus nervos e com garras afiantes...

Riscaram de meu diário a palavra AMAR.

Fizeram de meu corpo um boneco de latão

Onde a dor não pode existir... nenhum sentimento

De um ser humano... apenas sombras através do paredão,

Lutando no vazio, perpetuando fixo o pensamento.

Não quero perder de tudo o encanto de pensar

Que me derretem os ossos a fogo em brasa!

Tirem-me tudo: a visão, o paladar, faça-me calar.

Ah, lamento em minhas folhas de claros papéis!

O firmamento perdeu meus ecos, não dão contas.

Se todos fossem egoísta e de areias coronéis,

Todas as mulheres eram feias gordas e tontas.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 10/01/2010
Código do texto: T2022103