MADRUGADA [CLX]

Toda em lençol de estrelas rebuçada,

às fragrâncias floridas de um luar,

sob o silêncio que não quer cessar,

lá se vai, na amplidão, a madrugada.

Da noite abertas portas, par em par,

a saudade doída, a vir malvada,

cai no peito do insone e, por um nada,

eis solidão que tenta se arranchar.

Ao ar luzente e fresco da natura,

em contato com tão cenário lindo,

fecho os olhos, e qual, oh, que ternura!

Telepática, a minha vista assume

asas e aí, no longe, bem te vê dormindo,

num leito róseo, dentre azul perfume.

Fort., 09/01/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 09/01/2010
Código do texto: T2020499
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.