MINHA VILA
- Esquecida e tranqüila, em grande cidade, -
Minha vila ao esconder-se vira oásis, farol,
Brinquedo para criança, aconchego pro sol;
Que em cada morador paz de interior invade.
Seis casas geminadas, três de cada lado,
Com grande área central divisada por duas
Calçadas onde, à noite, observo as várias luas,
As estrelas, perdidas, sobre o emaranhado
De prédios, construções, árvores centenárias,
Fiações e frias sombras. Vila tão querida!
(Onde cantam reclusos: pássaros-coragem,
Sobrevivendo a voz natural em árias
Urbanas e a pacata interiorana vida)
Que construía no tempo e espaço a minha imagem.
(Alexandre Tambelli, São Paulo, 07 de junho de 2004 - 12:05h - corrigido no decorrer dos anos até 22/10/2001.)