METEORO

Passaste por mim qual meteoro

incandescente. Destrutivo e belo.

E desde então, nas noites frias, choro

na tua busca - e não consigo vê-lo.

Eu imagino teu voar constante

na amplidão do vasto universo.

Me desespero por te ver distante,

daí a dor e o sofrer do verso.

A persistência bem faz refletir

sobre o desejo, que é loquaz e mudo.

O que só me impele a querer sentir

e transformar essa paixão em tudo.

Nosso destino já está traçado:

Eu e você, um corpo embalsamado.

Bardo Setelagoano
Enviado por Bardo Setelagoano em 08/01/2010
Código do texto: T2018829