Um ultimo soneto

Do alto deste edifício, temo que em tardia hora

Percebi o que me auto-infligi, minha querida

No momento em quem te deixei ir embora

Abriu-se em meu peito larga e cruel ferida

Sei que não adianta. Não me amas mais agora

E que seguiste em frente com tua vida

Nosso amor já não é mais o que fôra

O guardas apenas como uma lembrança ressequida

Quis saber de ti, certa vez, de forma até incisiva

Se eu suscitava-te algum sentimento, ainda que rancor

E Nunca recebi uma resposta àquela missiva

E lamento imensamente ter te causado tanta dor

Mantenho em meu peito uma centelha ainda viva

Daquilo que um dia foi o nosso amor

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 07/01/2010
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