Nos sentidos dela
Entrastes nos meus sentidos, amor
Quando plena viestes de coração!...
Abolindo da minh’alma tão forte dor,
Que estava a rogar por tua paixão!
Buscá-la-á, assim, no meu esplendor
A minha abrasiva e acentuada razão,
Desabafando, do teu peito, o langor
Que te cobres sob as mantas da solidão!
Não há, amor, num outro sentimento
Desejos que sinto, por todo o momento,
Que me faça viver tão louco assim!
Eu quero dizer-te que sou em ti eleito!
Abrandar-te-á o meu coração desfeito
Quando vierdes, tão louca, sobre mim!
(Poeta Dolandmay)