Spleen!
Deus, Oh Deus soberano apieda-te do teu servo!
Como corre lentamente o tempo esta noite
que passo ao relento enquanto observo
o reflexo do céu no oceano sussurrante
Deus! Purgo meus pecados neste negro inverno
a rogar-te, solitário e descontente
por uma saída para esta vida, este inferno
em que me lançaste como desditoso amante
Embriagado de spleen! Fizeste-me um poeta
Que com amargos versos lança uma torrente
de lágrimas em sangue de uma veia aberta
E assim se esvaíram as alegrias lentamente
Por minha mão sobre o papel, hesitante e inquieta
E vivo hoje, num sonho lúcido vazio e dolente