Spleen!

Deus, Oh Deus soberano apieda-te do teu servo!

Como corre lentamente o tempo esta noite

que passo ao relento enquanto observo

o reflexo do céu no oceano sussurrante

Deus! Purgo meus pecados neste negro inverno

a rogar-te, solitário e descontente

por uma saída para esta vida, este inferno

em que me lançaste como desditoso amante

Embriagado de spleen! Fizeste-me um poeta

Que com amargos versos lança uma torrente

de lágrimas em sangue de uma veia aberta

E assim se esvaíram as alegrias lentamente

Por minha mão sobre o papel, hesitante e inquieta

E vivo hoje, num sonho lúcido vazio e dolente

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 07/01/2010
Código do texto: T2016702
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