Soneto Inquietante
Efígie sinistra da morte, trágica amiga!
És a cara da sombra imortal ceifando
O silêncio observa o sofrer que castiga
A tua agonia execrável te consumando.
Sofres por Amor, uma semente antiga,
Morrer no padecer certo chorando
Ouves o bramir de dor que te obriga
Repouso sevo, no delírio pairando.
Inquietante ensejo, que tanto me acossa;
Interrompa o lerdo brado que murmura,
Como lei o Amor na seiva da loucura.
Se não te esqueço este Amor não cessa
Conheço o mal, mas ignoro a cura,
Quero desejar-te alegria com ternura.
Herr doktor