Soneto a um Cadáver

Pálido espectro agora está na cova

Rasa que cavaste ante falsa figura

Feral jaz e só o fungível que trova...

Como verme a devorar na sepultura.

Carcaça pútrida e sanha renova

Aqui pregavas tanto ódio e secura,

Ser agora jazem na tumba nova

Era de dores latentes, vis torturas.

O teu penar não tem fim já partiste

Deste plano cruel infeliz cria

Sepsia secular te persegue agonia.

Maldição na morte vil melancolia

Que já abrigas neste mal que persiste

Este ócio infernal e insano que existe.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 25/07/2006
Reeditado em 26/09/2008
Código do texto: T201647
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.