TURISMO NO TEU CORPO [CLVIII]
Excursão nos teus olhos começada:
aí, paro e me albergo, por instantes;
um lar, esconderijo dos amantes,
tão aprazível sítio para estada.
No turismo, as maçãs exuberantes:
tuas faces, e a boca, a mais rosada;
teu nariz, que eu aliso por calçada,
lindas peças de lei, não-vistas dantes.
Teu volume de seios, oh, que dunas!
Em teu busto, perfil de um querubim,
nunca lido da mídia nas colunas.
E, de ponta-cabeça, à contramão,
eu pernoito – de ti – no manequim,
bem no púbis e n’alma, sem perdão.
Fort., 06/01/2010.