LEMBRANÇAS...
Descalça, sobre tantos pedregulhos,
madrugada da vida, companheiros...
Trabalho infantil, meus dias primeiros
lixando pedras em tantos entulhos.
O tempo, sentinela da emoção,
parecia dormente em seus embrulhos...
As dores, amarradas, sem barulhos,
faziam suspirar meu coração.
Haverá de ficar sempre na mente
a lembrança infantil, remanescente,
que encharcou de saudade o meu viver.
Vou cruzando os sinais da minha tarde,
degustando a lembrança até morrer,
pois é de prazer que o meu peito arde.