LEMBRANÇAS...

Descalça, sobre tantos pedregulhos,

madrugada da vida, companheiros...

Trabalho infantil, meus dias primeiros

lixando pedras em tantos entulhos.

O tempo, sentinela da emoção,

parecia dormente em seus embrulhos...

As dores, amarradas, sem barulhos,

faziam suspirar meu coração.

Haverá de ficar sempre na mente

a lembrança infantil, remanescente,

que encharcou de saudade o meu viver.

Vou cruzando os sinais da minha tarde,

degustando a lembrança até morrer,

pois é de prazer que o meu peito arde.

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 06/01/2010
Código do texto: T2013835