ANJO DA MADRUGADA


Passo e observo...! Trago comigo o benfazejo sopro do AMOR

Anoto todos os teus pensares...! Mesmo os mais inconfessáveis!

Intuo todos os teus deslizes, e os absolvo sabendo-te pecador;

As mais ínfimas parêmias são depositadas em urnas dispensáveis !


Flutuo e TE VEJO...! São horas em que também os sátiros são algozes

Das incautas almas quiçá perdidas nos brunos labirintos da luxúria,

Do prazer vicioso e tão serôdio que os corpos regurgitam sua anúria

Nos lábios descerrados, em frêmitos desvairados...! Lentos e velozes!


São horas em que as sombras das desesperanças se tornam palpáveis

Dos termos das vidas o ANJO LOUCURA, sem prévio aviso, ceifará a dor

Aglutinando os fluídos, reverberando sentidos...! Tão imponderáveis!


Tudo vislumbro e tenho em alta conta os ANJOS CRIANÇAS que brincam

Mesmo nas altas horas da madrugada computando e somando AMOR.

São eles que, muitas vezes, em inocentes poesias almas perdidas salvaram...!




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"Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do ANJO que foi erro...?" (Eclesiastes 5 : 6)