Soneto
No céu, já se dissipava a noite tardia
Tênue brilho emanava uma lua que morria
E eu ali, jazia ébrio na calçada
Lamurioso com uma alma abandonada
Dentre os passantes, nenhum me olhava
Ninguém ouvia o que eu sussurrava
Eu parecia sufocar-me de amargura
Intoxicado por aquela atmosfera impura
Não sabia quanto tempo tinha se passado
Nunca havia me sentido tão cansado
Queria me erguer, mas não podia
Olhei para os pulsos, meu sangue se esvaia
Sorri, pois não havia ninguém ao meu lado
Para ver-me finalmente derrotado