Soneto

No céu, já se dissipava a noite tardia

Tênue brilho emanava uma lua que morria

E eu ali, jazia ébrio na calçada

Lamurioso com uma alma abandonada

Dentre os passantes, nenhum me olhava

Ninguém ouvia o que eu sussurrava

Eu parecia sufocar-me de amargura

Intoxicado por aquela atmosfera impura

Não sabia quanto tempo tinha se passado

Nunca havia me sentido tão cansado

Queria me erguer, mas não podia

Olhei para os pulsos, meu sangue se esvaia

Sorri, pois não havia ninguém ao meu lado

Para ver-me finalmente derrotado

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 06/01/2010
Código do texto: T2013400
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