O PRANTO DE DEUS !
Eu me debati entre portas trancadas...
Eu quebrei as vidraças da ilusão!
Minha alma e a tua alma, atracadas;
Em trevas obscuras de vil prisão!
Agora, na vã efemeridade do meu ser
Vejo tudo distorcido, fugaz percepção...
Onde me encontro no abismo de viver
Em árido deserto, sem amor, sem razão...
E o que posso? Lanço desatino em grito!
Por todo o Universo, no silente infinito?
Por que lágrimas vertem dos olhos meus?
Eis que o céu é tomado por formas escuras
Como se indagasse: O que tanto procuras?
Chorando das nuvens o pranto de Deus!
Goiânia-GO, 05 de janeiro de 2010-01-05
SIRLEY VIEIRA ALVES