Perfume

O perfume que toma este ambiente

É maldade que, perfeita, perpetua

A força da ilusão de que é tua

A boca que me invade, amarga e quente.

Se te amo ou só te quero é indiferente

Se é chama ou desespero ou se flutua

Esta voz que te queima a pele nua

E me faz fechar os olhos de repente...

Ah! Meus olhos são jardins de flores negras

Que vagam no teu corpo sem ter regras

E vivem do calor de um riso escasso

Que temem se perder no Sol que beijam

Que só abrem quando, inúteis, te desejam

E só dormem na ilusão do teu abraço...

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 04/01/2010
Código do texto: T2010511
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