Chuva 2010
Os sonhos esboroam-se nos ares
Quando lama sepulta corpos sãos
Neste ano do desastre sem razão
Com almas desoladas em pesares.
Ora, dirão, inundam-se, caem lares
Sacrifício, muitos anos, vãos,
Insepultos cadáveres, estão,
Desgraçados, barracos sem pilares.
no ano que se anuncia bom, capaz,
Uma farsa, desfrutar felicidade,
Ver o céu sempre azul, em harmonia,
A memória apaga-se das ruindades,
E a morte, sacrifício veraz,
Satisfaz os azares, a sangria.