HIBERNANDO DE SAUDADES [CLVI]
Foram dias, e quantos, de saudades
que aturei como hiato, em minha vida,
durante a tua ausência tão doída,
um vácuo sem quaisquer amenidades.
Não julgava ser tão demais sentida
a tua ‘tour’ por praias e cidades;
um passeio que, mesmo sem maldades,
pôs em funil minha alma, e comovida.
Uma saudade dói-me!... Vai ao cerne,
e a que senti por ti varou-me a derme;
foi mais fundo que furo de injeção.
Não sei o que de lá, na ‘tour’, sentiste:
mas só te desenhava alegre... – triste
apenas um, eu, que hibernei, então.
Fort., 02/01/2010.