A CHUVA E A ROSA

A chuva voltou a regar a terra em copioso pranto
Nem cantiga a faz adormecer e voltar ao seu torpor.
A terra agradece, sim, e eterna prece faz ao Redentor:
_ Grato, Senhor, o som da chuva no jardim é acalanto!

Posso olhar para o meu jardim e ver em um dos cantos
Que faz no vergel a exuberante festa da sua decoração
A mais linda flor de cores limitadas e perfumes santos
De um vermelho-sangue como brotando de puro coração!

As suas pétalas em número de cinco... São preciosos tantos,
Como a preencherem todo o meu jardim de doce emoção...
Deixando a impregnar no ar a essência do AMOR em prantos...!

Ao derramar Seu sangue como chuva na Terra em oblação
A Ele mesmo se deu em sacrifício eterno! Meus desencantos
Desfeitos...! Tenho as flores do mundo:
NA ROSA DE SAROM...!