RAMOS VERDES
RAMOS VERDES
Pequetitinha, verde, discreta, um charminho,
nasceu num pote do jardim. Não a plantei.
Mas como nasceu? De que semente? – indaguei,
nem me ouviu. Pra viver, só queria um cantinho.
Veio a chuva regar-lhe as raízes. Amei
vê-la crescer e evoluir tão de mansinho.
Passei a observá-la com muito mais carinho
quando suas primeiras folhinhas notei.
Já de manhã cedo – bom dia – lhe falava.
Sem agito, ela parece que só sonhava
em integrar a flora do chão brasileiro.
E aos primeiros galhos, lembrei de mim criança:
mamãe fazia chá e punha confiança
na infusão co’as folhas verdes do sabugueiro.