DOIS MIL E DEZ


Os meus sonhos mais simples, mais comuns
quem sabe, em outro ano eu realizo?
Já escolhi, como princípio, alguns,
os demais vão comigo de improviso.

Dos sonhos tristes, cheios de lunduns,
para o ano que vem não mais preciso.
No mar os lançarei, aos baticuns
das ondas outorgantes do exorcismo.

Irei de crenças poucas, ao invés
de levá-los além dessa metade,
que criou para mim tanto revés.

E sonhos de um poeta, ó Deus, quem há-de
querer a morte, se em dois mil e dez
ainda não se sabe o que é saudade?

Odir, junto a dois mil e nove, de passagem.


oklima
Enviado por oklima em 31/12/2009
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2005110
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