DOIS MIL E DEZ
Os meus sonhos mais simples, mais comuns
quem sabe, em outro ano eu realizo?
Já escolhi, como princípio, alguns,
os demais vão comigo de improviso.
Dos sonhos tristes, cheios de lunduns,
para o ano que vem não mais preciso.
No mar os lançarei, aos baticuns
das ondas outorgantes do exorcismo.
Irei de crenças poucas, ao invés
de levá-los além dessa metade,
que criou para mim tanto revés.
E sonhos de um poeta, ó Deus, quem há-de
querer a morte, se em dois mil e dez
ainda não se sabe o que é saudade?
Odir, junto a dois mil e nove, de passagem.
Os meus sonhos mais simples, mais comuns
quem sabe, em outro ano eu realizo?
Já escolhi, como princípio, alguns,
os demais vão comigo de improviso.
Dos sonhos tristes, cheios de lunduns,
para o ano que vem não mais preciso.
No mar os lançarei, aos baticuns
das ondas outorgantes do exorcismo.
Irei de crenças poucas, ao invés
de levá-los além dessa metade,
que criou para mim tanto revés.
E sonhos de um poeta, ó Deus, quem há-de
querer a morte, se em dois mil e dez
ainda não se sabe o que é saudade?
Odir, junto a dois mil e nove, de passagem.