ULTIMAS FLORES

Trago em minhas mãos estas flores,

Colhidas sob o arrebol desta tarde,

Elas têm em suas pétalas as cores,

Qual o amor que neste peito arde.

Entrego-lhe sob o sabor desta brisa,

Que vem do céu... Leve e aveludada;

E, toca a minh’ alma que de ti precisa,

Ao encontro da tua, por mim amada.

Que compreendas que te amo tanto,

E, por isso vês em meu rosto o pranto,

Descer solto, pálido, e já sem cor;

Se, qual gélido orvalho, ver-me um dia,

Sob o sol de teu lindo olhar... Sorria,

Partirei feliz... Pois, morri de amor.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 30/12/2009
Reeditado em 30/12/2009
Código do texto: T2003573
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