Fia, Desfia

Entre invejas enredou-se na possibilidade
De nós desmanchar se deconstruindo fio a fio...
Mas o tear era complexo, estranho, arredio
Quanto mais separava mais dava liberdade

A marionete que tecia com jeito de austeridade...
Com ciúmes e pressa cosia rococóis e rodopios
Deu até roupagem nova ao sentimento vazio
Que irrompia assombroso, queria felicidade...

E o boneco sonhava do alto da varanda fria,
Sem se chegar a quem lhe devolveria a magia,
Nem entender o porquê daquela... Sua prisão...

E dando valor ao que via, em pura alucinação,
Conseguiu ao desfiar-se, no enredo que fazia,
Recriar um novo homem mais vivo a cada dia...

Ibernise.
Indiara (Goiás/Brasil), 29DEZ.2009.
Núcleo Temático Filosófico.
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Ibernise
Enviado por Ibernise em 29/12/2009
Reeditado em 28/06/2011
Código do texto: T2001880
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