SOB A SOMBRA DO DESTINO
Quão fria e triste deve ser a vida,
Daquele que em destino acredita;
Vive sem rumo na vã e triste lida,
Na alma nenhuma chama crepita.
Qual gélida montanha de granizo,
Dia após dia suas dores a escorrer,
Em nada pensa, de nada faz juízo,
Exceto, em derretendo, morrer!
Devem ser tristes e frios os dias,
As noites repletas de melancolias,
Daquele que no destino acredita;
Viver por viver, em gélido estado,
Ah! Deve ser triste viver acorrentado,
Sem ter n’alma a chama que crepita!
Estes versos foram inspirados quando da leitura da Crônica “DESTINO” de Antonia Zilma. A crônica fez-me refletir sobre o tema, e assim sendo, e ainda que respeitando opiniões contrarias, prefiro acreditar na inexistência do, não raras vezes falado, Destino. Neste TROVETO (rrss) mistura de trova e soneto, que assim o chamo, coloquei o meu ponto de vista. Quanto a crônica da Poetisa....Essa sim, é maravilhosa! Vale a pena Lêr!