Soneto n.114
Eu caminho por terra estranha
alheio ao que existe em volta,
sem volta - sou a contravolta
pois detesto qualquer barganha.
Só a dualidade me acompanha
e já não me causa mais revolta.
Sou um ser com dupla escolta,
nascido ali em minha entranha.
E tamanha é a força deste tormento,
que meu pensamento sempre ordena:
seja denso... intenso... louco... atento.
Bem que tento unir-me em meu centro,
juntar a minha alma de tigre e de falena,
sem ser este vil joguete de meu epicentro.
***
Silvia Regina Costa Lima
22 de dezembro de 2009
Eu caminho por terra estranha
alheio ao que existe em volta,
sem volta - sou a contravolta
pois detesto qualquer barganha.
Só a dualidade me acompanha
e já não me causa mais revolta.
Sou um ser com dupla escolta,
nascido ali em minha entranha.
E tamanha é a força deste tormento,
que meu pensamento sempre ordena:
seja denso... intenso... louco... atento.
Bem que tento unir-me em meu centro,
juntar a minha alma de tigre e de falena,
sem ser este vil joguete de meu epicentro.
***
Silvia Regina Costa Lima
22 de dezembro de 2009