Sem Juízo...
Ah! Quem há de mostrar as inverdades
Que a tolice de amar no olhar descreve
Se nem mesmo a razão jamais se atreve
A afogar a paixão na realidade?
Quem poderá dizer como a saudade
Faz um sonho de amor, que é pluma leve,
Transformar-se em vulcão que pulsa e ferve,
Quando o adeus vem bramindo crueldade?
Ninguém pode do amor cantar virtudes
Nem pecados mortais na plenitude
Do sorriso na face dos amantes...
Só quem ama visita o paraíso,
Canta e dança feliz, perde o juízo;
Faz da vida um bailado alucinante!