Sem Juízo...

Ah! Quem há de mostrar as inverdades

Que a tolice de amar no olhar descreve

Se nem mesmo a razão jamais se atreve

A afogar a paixão na realidade?

Quem poderá dizer como a saudade

Faz um sonho de amor, que é pluma leve,

Transformar-se em vulcão que pulsa e ferve,

Quando o adeus vem bramindo crueldade?

Ninguém pode do amor cantar virtudes

Nem pecados mortais na plenitude

Do sorriso na face dos amantes...

Só quem ama visita o paraíso,

Canta e dança feliz, perde o juízo;

Faz da vida um bailado alucinante!

Ciro Di Verbena
Enviado por Ciro Di Verbena em 23/12/2009
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