Meu pai
Meu pai era um homem lindo!
Muito tranquilo, não abrigava dilema.
Aos domingos me chamava e dizia: Filho,
Quanto queres para ir ao cinema?
Entao, lá ia eu feliz da vida para a matineé. E,
Com o dinheiro que meu pai me ofertava,
Em cinemascope, colorido, um sorriso
Na minha alma juvenil eu pintava.
Me lembro, ainda, do Horizonte, o cine.
Minha memória é agora um filme.
E das tardes que Maringá me dava.
Se hoje o meu domingo à tarde ainda brilha
É porque meu pai, um dia, pos esta maravilha
No lugar em que o cinza reinava.