Foi dezembro
Era dezembro e o Mar perfumava o dia
Em ondas fúteis que roçavam-se na areia
Chegastes como as Vestais da fantasia
Acariciando sonhos na ilusão que te rodeia
Sonha teu braço o gesto firme e impecável
Sonha tua Alma a imprecisão de um Amor
Vertendo traços de um sentir tão inefável
Dando à vida o seu tom de sombra e cor
E quando crias as Manhãs e Madrugadas
Teu gesto inteiro se assemelha ao Criador
Tecendo a Vida em meio às noites caladas
Criando mundos para transmutar a dor
Era dezembro quando o Mar se deu à Lua
E foi dezembro quando a Noite se fez tua