VÉU SOCIAL
Versos ébrios de cor, imutáveis, eternos...
Pessoas felizes nos seus lares, mais ternos.
Pelas ruas,empáticas palavras edificam
Felicidade. As brumas nos atalhos se dissipam.
O altruísmo é servido em taça cinzelada,
Como uma boa champanhe ou um vinho do Porto
E em todos os lugares, até o sonho mais torto
Passa a ser idéia genial, por um gênio revelada.
Mas, quando menos se espera,
Uma tempestade, rajada de vento virado,
Levanta vestidos, derruba chapéus e destrói a quimera
De que no mundo é sempre primavera,
Instalando-se o inverno, quando é revelado
Que a verdade se transforma, se o véu é retirado.