Soneto nº 05
Vieste tal qual onda repentina
Ao barco de um marujo no oceano,
Ou luminosidade matutina
De mais um despertar de um novo ano.
No tempo desse amor que desatina
Em eras de um mundo tão tirano,
Somente teus amores de menina
Me tiram de um recanto tão profano,
Me levam às estâncias mais sagradas,
Me trazem à fiel realidade.
Se tanto em tais carícias me agradas,
De ti já tenho tal necessidade
Que nem bruxas, nem dragões e nem fadas
Tirarão desse amor a Eternidade!