Sertanejo

Quem vem lá destas terras distantes

Onde triste repousa a inocência?

Quem almeja os falsos brilhantes

Da nossa imprudência?

Quem se aventura à tristeza

Na ausência sentida no peito?

Quem chora o cárcere estreito

Da fria incerteza?

Não, sertanejo bondoso,

Não macules tua fausta esperança

Nas sombras da fome e do frio!

Não entregues teu olhar lacrimoso

Às venturas de um peito arredio

Que em tão feio abismo se lança!