Soneto à Luz Negra
Rainha na África ela era
Seus enfeites cor marfim
Para sempre seria assim
O branco lhe mostrou a fera
De rainha, escrava se tornou
Do desejo virou produto
Sua pela negra agora é luto
Seu orgulho desmoronou
De Salvador à Alexandria
Entre chibatas ela gemia
Cativa de um capataz
Sua liberdade mora em guetos
Crianças órfãs de respeito
Sonhando com alguma paz
Para quem quiser visitar:
http://ebriosdailusao.blogspot.com/