Soneto n.113

Meu silêncio, abres asas orgulhosas

nesse voo que tenta um novo Norte

e é tão lindo avistar-se o teu porte,

entre a frágil ave e as frágeis rosas.

 

Como as preces suaves e milagrosas

que a tudo dão apoio - dão suporte,

tu carregas contigo a Vida e a Morte,

mostra-te intenso em verso e prosas.

 

Meu silêncio, tu dormes no espirito

alheio às festas e aos mil barulhos, 

num desejo de ser mais que o grito.

 

Meu silêncio, tu atravessas as eras:

és mar profundo em teus marulhos,

és o infinito estrelado das esferas!


Silvia Regina Costa Lima
13 de dezembro de 2009

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 19/12/2009
Reeditado em 16/11/2021
Código do texto: T1985729
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