APÓS A CHUVA
APÓS A CHUVA
Passara vários dias quase às escuras,
Ouviam-se os lamentos nas periferias...
Na relva, entre flores, a aranha tecia,
Reluzindo na teia, o Sol após a chuva...
Cantam os pássaros em gratidão nua,
E vítimas choram a perda dos ninhos...
Cidades inundadas, e campos florindo...
E a névoa é dissipada de visões cruas...
Os rastros do vento onde havia casas,
Cobram-nos a natureza que matamos...
E sentimos na pele o quanto erramos...
O sol derrete a cera soltando as asas,
Caindo na conta, o que extrapolamos...
Ontem, destruímos; Agora choramos...