MUDANÇAS
Não dá pra lamentar o que passou
nesse passado de você e eu,
pois somente o passado aconteceu
e do passado nada mais ficou.
Eu não sei de nós dois quem mais errou,
nem dizer quem ganhou ou quem perdeu.
Começamos do fim, feito museu,
um museu que pra vida se fechou.
Agora você chora e se lastima,
descora cores, veste-se de preto,
para ver se desperta a minha estima.
Enquanto você muda, eu me cometo
em levar letras para a minha rima,
em levar rimas para o meu soneto.
Odir, de passagem
Não dá pra lamentar o que passou
nesse passado de você e eu,
pois somente o passado aconteceu
e do passado nada mais ficou.
Eu não sei de nós dois quem mais errou,
nem dizer quem ganhou ou quem perdeu.
Começamos do fim, feito museu,
um museu que pra vida se fechou.
Agora você chora e se lastima,
descora cores, veste-se de preto,
para ver se desperta a minha estima.
Enquanto você muda, eu me cometo
em levar letras para a minha rima,
em levar rimas para o meu soneto.
Odir, de passagem