Soneto de quem não encontrou amor sincero
Não, tu não és o amor que busco
Já agora revelo com grande alegria
Não és tu... e não chores que trago no peito
As feridas por ti causadas há dias!
Não és tu o amor que procuro
Que busco que me encontre tão somente
E não lamente, que meu lamento foi tanto
Que me deixou, do amor, total descrente!
E não te amo, e já agora vos grito
E se ‘inda sinto no peito o vazio, a dor
É por saber a verdade... e não vos minto
Que ‘inda que digas agora ser amor
Te respondo: - Não o és... que pressinto
Que amor verdadeiro nunca me encontrou!