PEDAÇOS
Somente na memória é que guardamos
o desejo de ser, que foi vivido.
E se foi prazeroso e bem sentido,
presente está nos sonhos que sonhamos.
A lembrança louvada, que lembramos,
jamais será sequência do esquecido.
Por isso trago, atento, o tempo ido
aos espaços etéreos onde estamos.
Nesses espaços passam nossa história;
o riso, a dor, o pranto comovido,
a eterna paixão (tão ilusória!).
Mas nos lembrar agora é sem sentido.
Guardo apenas pedaços, na memória,
de nosso filme falho, envelhecido...
Odir, de passagem.
Somente na memória é que guardamos
o desejo de ser, que foi vivido.
E se foi prazeroso e bem sentido,
presente está nos sonhos que sonhamos.
A lembrança louvada, que lembramos,
jamais será sequência do esquecido.
Por isso trago, atento, o tempo ido
aos espaços etéreos onde estamos.
Nesses espaços passam nossa história;
o riso, a dor, o pranto comovido,
a eterna paixão (tão ilusória!).
Mas nos lembrar agora é sem sentido.
Guardo apenas pedaços, na memória,
de nosso filme falho, envelhecido...
Odir, de passagem.