Janela Solidão
Quando teu pôr-do-sol brilhar em minha janela,
E a brisa misturar teu perfume com a paisagem.
O céu vai se transformar numa grande aquarela,
E meu deserto vai admirar a tua miragem.
Quando o teu abraço me convidar para um beijo,
Vou suspirar e esquecer que existe a razão.
Entregar-me de corpo e alma ao desejo,
Admirar o entardecer, vendo de longe a solidão.
Quando a noite ganhar a lua,
E refletir sobre a sua pele nua,
Tua imagem irá se perpetuar.
Na minha mente e no meu jeito de amar,
No amor que se acentua,
Na janela onde eu me pego a sonhar.
Do livro "Poemas Urbanos", Editora Alcance, pág. 30.
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