ditadura do amor
amor, não tenho medo de amar-te
tenho somente medo de não tê-la
tal vago pensamento em perdê-la
pensamento que tu pedes que eu descarte.
amar-te é alegria em toda a parte
e a toda hora, meu amor, anseio vê-la.
mas, se és pra mim tal qual estrela
seja teu brilho só pra mim- e não se farte!
poesia! somente eu que posso lê-la
és cidadã do ciumento peito meu.
sem direitos, e sem qualquer democracia
amor sem voz- será que podes sê-la?
temo amor, não poder contê-la...
não te afastes da minha hierarquia!