rios desviados

desvio de rios! desvio de rios!

meu coração era meu e só meu...

quais ventos desataram estes rios?

é o tempo? é fracasso? é apogeu?

quando foi que deparei com tal recanto

tal qual eu ouço deslumbrar do lábio teu?

ah, meu orvalho, brilha tanto quanto

uma estrela que ilumina o vasto breu.

em quais trilhos de cristais que tu pisaste?

iluminaste o lugar por onde andaste?

ou tua luz só brilha aqui no peito meu?

és a onda que mansinha vem à areia

teceste ao meu redor toda uma teia

desviastes os meus rios ao lago teu.