Soneto de Sonhos
É quando o tempo se encarrega viu
De ser livre e feliz pra poder gostar
E se dessa vida nada há de se levar
Quero quase tudo o que não se esvaiu.
E quando não tiver mais casa para morar
Eu quero pelo menos o amor que partiu
Numa nuvem de desespero sentiu
O sofrimento tépido a devorar.
Minha casa serão as rimas e versos
De amor e tristezas tão diversos
E isso é tudo o quanto consigo ser.
O meu ser empobrecido por saber
Que partiste num momento sem me ver
E fico eu cá a escrever soturnos versos.
Herr Doktor