Mórbida Flor

Que soprar louco traz o vento nórtico

Ao me deixar nua sem pétala qualquer

Entre flor e trapo enfeito seu pórtico

E aquilo que me diz não diz o que quer

Se em demasia cresço, logo sou desmaio

No desejo estranho da minha fiel loucura:

Um príncipe a me roubar em seu cavalo baio

Uma voz a me soprar silêncio e desventura

Oh! vago sonhar de sonhos pretéritos!

E o bailar infeliz na valsa do amor

´Pois se flor não é, nunca brotou mérito...´

Quando de tudo o que mais tanto quis

Nas serenatas, nos sonhos, na dor,

Foi tão só me ver na tua flor-de-lis

Vera Verá
Enviado por Vera Verá em 12/12/2009
Reeditado em 15/12/2009
Código do texto: T1974463
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