Mórbida Flor
Que soprar louco traz o vento nórtico
Ao me deixar nua sem pétala qualquer
Entre flor e trapo enfeito seu pórtico
E aquilo que me diz não diz o que quer
Se em demasia cresço, logo sou desmaio
No desejo estranho da minha fiel loucura:
Um príncipe a me roubar em seu cavalo baio
Uma voz a me soprar silêncio e desventura
Oh! vago sonhar de sonhos pretéritos!
E o bailar infeliz na valsa do amor
´Pois se flor não é, nunca brotou mérito...´
Quando de tudo o que mais tanto quis
Nas serenatas, nos sonhos, na dor,
Foi tão só me ver na tua flor-de-lis