TESTAMENTO
Ao morrer, não deixo quase nada...
Nasci pobre e pobre vou partir.
Mas o que deixo eu quero dividir
Com quem fiz a minha caminhada;
Deixo a saudade a ser compartilhada
Com quem tiver um tempo pra sentir
E uma lembrança que há de insistir
Mas que no tempo não ficará marcada;
Aos meus filhos, deixo o que plantei,
Que usufruam o que lhes ensinei,
Embora deles também fosse aprendiz;
E à mulher que mais amei no mundo,
Deixo a ternura do meu amor profundo
E esses meus versos, que por ela fiz...