TESTAMENTO

Ao morrer, não deixo quase nada...

Nasci pobre e pobre vou partir.

Mas o que deixo eu quero dividir

Com quem fiz a minha caminhada;

Deixo a saudade a ser compartilhada

Com quem tiver um tempo pra sentir

E uma lembrança que há de insistir

Mas que no tempo não ficará marcada;

Aos meus filhos, deixo o que plantei,

Que usufruam o que lhes ensinei,

Embora deles também fosse aprendiz;

E à mulher que mais amei no mundo,

Deixo a ternura do meu amor profundo

E esses meus versos, que por ela fiz...

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 11/12/2009
Código do texto: T1972473
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