Terror noturno
Quinta feira, meio dia. Acordei daquele sonho
Com o som crepitante de um disco de vinil
Ecoando em meus ouvidos. E eu risonho
Sentia minha cabeça passando em um funil
Quando estarei livre deste terror medonho
Quando cessarei de me sentir tão vazio
Carregarei comigo para sempre, eu suponho
Esta maldição e este incessante calafrio
Revivo minha infância desde o terno berço
Como em um filme em preto e branco
avançando como a oração de um terço
Até que aquele tédio monocromático
Tinge-se de vermelho enquanto envelheço
E quando assisto a minha morte ali, estático