SONHO DE VERÃO

Como um sonho de verão ardente

Escorregou pelos dedos nosso amor

Que entre lençóis numa noite qualquer

Viveu a volúpia de querer somente

Querer somente o corpo em chamas

Que a umidade da paixão incendeia

Marcando lençóis de efêmero orgasmo

Depois o sentir que já não me amas

Buscaste um corpo afogando o desejo

Inflamando entranhas de um ser animal

Deixando do amor apenas sobejos

Sobejos que hoje são sonhos desfeitos

De um amor de verão que já não existe

Será que não há amores perfeitos?

Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 10/12/2009
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