SONHO DE VERÃO
Como um sonho de verão ardente
Escorregou pelos dedos nosso amor
Que entre lençóis numa noite qualquer
Viveu a volúpia de querer somente
Querer somente o corpo em chamas
Que a umidade da paixão incendeia
Marcando lençóis de efêmero orgasmo
Depois o sentir que já não me amas
Buscaste um corpo afogando o desejo
Inflamando entranhas de um ser animal
Deixando do amor apenas sobejos
Sobejos que hoje são sonhos desfeitos
De um amor de verão que já não existe
Será que não há amores perfeitos?