ULTIMO PULSAR
 
Madrugada fria já se despedia
e pelos mesmos caminhos ermos
por onde loucuras, um dia vivemos
só exala no ar a nostalgia.
 
Dilui-se no tempo, em saudade,
tua imagem que à minha não quis,
agora já sei que não era verdade
aquele amor, mulher flor de lis.
 
Ouvindo, ao longe, o violeiro,
sinto o momento derradeiro,
acompanhando o som do violão.
 
Melodia na qual estás a impordes,
junto com os últimos acordes,
ao ultimo pulsar, meu coração.
 
           SP – 09/12/09

   Agradeço a linda interação da brilhante
          poetisa Conceição Gomes:


Minha saudade, minha companhia
Na erma madrugada, solidão, agonia
Uma mulher, um sonho fugaz
Triste tormento à alma trás

              Conceição Gomes
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 09/12/2009
Reeditado em 09/12/2009
Código do texto: T1969272
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