Ciranda é o tempo que gira
Que fazer de mim, pobre mortal sem brincar
Como outrora nos tempos de criança?
Quando treinava ser alguém, uma esperança
De um futuro muito além do sonhar.
Brincando eu cresci, aprendi o viver de verdade
No faz-de-conta de ser mãe e cozinhar
Se sou o que sou foi por muito bem representar
Esses doces momentos de felicidade.
Hoje já não brinco, vivo a vida a correr
Minha ciranda é o tempo que gira
No girar sinto aos poucos me perder.
Pobre de mim, agora entristecida eu vejo
O quanto perdi por deixar de brincar.
Da alma criança nada senão sobejos.