PALÁCIO NATUREZA
PALÁCIO NATUREZA
A lua, em seu ladino palor, agradece
a diva graça ao Criador. O azul do manto,
que cobre tudo, mundos e astros, entretanto,
dá-lhes equilíbrio e luz e não envelhece.
O primor do enfeite; na seu berço o acalanto,
cantado pelos anjos do ocaso, a enternece;
põem-lhe pirilampos no céu até que amanhece
e torna a guarda-los na aurora. Um encanto!
Passeia só, a lua, no espaço iluminado,
vestindo leve xale de estrelas bordado
e encarna a postura de uma linda princesa.
Sopra a brisa da lâmpada o tênue lume;
Só deixa ao poeta a delicia do perfume,
quando se recolhe ao seu paço natureza.